DEPOIMENTOS
Aqui você encontra entrevistas com pessoas que, como nós, vieram de outras cidades e tiveram que adaptar-se à rotina santamariense.
Minha vinda pra Santa Maria foi, pessoalmente, um pouco assustadora, já que, por ser "cidade grande", comparada aos outros lugares que morei, a probabilidade de eu me perder seria bem maior. Mudei-me para cá no ano em que encerrei o Ensino Médio, e por sorte, meu apartamento era literalmente ao lado da escola onde estudei, então não foi difÃcil. Na verdade, nada foi tão complicado quanto pensei que seria, pois, felizmente, Santa Maria é cheia de pontos de referência: o paradão, a praça do Brahma, dos Bombeiros e do Itaimbé, o Calçadão, a antiga reitoria da UFSM, etc. Não nego que precisei pedir informações várias vezes pra me prevenir de dobrar errado em uma esquina, mas também tive a oportunidade de ajudar quem precisou e veio tirar dúvidas comigo. Isso acontecerá com qualquer um que colocar os pés pela primeira vez nessa cidade, e acontecerá, também, depois de um, dois ou mais anos morando aqui, e toda vez passará a sensação de ser algo novo. Isso é o lado bom de Santa Maria: ela está cheia de lugares inéditos, esperando para serem descobertos a cada dia. E a cidade espera de braços abertos seus novos moradores e exploradores.
Gabriela Graef (Santa Cruz)
Eu nunca tinha passado pela experiência de me mudar para uma nova cidade, mas sempre pensava que devia ser no mÃnimo complicado – ir morar em um lugar onde você não conhece ninguém, não sabe o nome das ruas, e nem onde ficam os lugares (ao menos no meu caso, uma perdida por natureza). Vim morar em Santa Maria quando passei no vestibular, no começo de 2015. O critério principal para se procurar um apartamento era que ele fosse perto da Praça dos Bombeiros – único lugar que eu conhecia para pegar o ônibus para a universidade. Felizmente, não foi tão difÃcil me habituar como eu pensava que seria – devido aos muitos pontos de referência que a cidade possui, rapidamente fui descobrindo onde tinha uma farmácia próxima, um supermercado, ou qualquer outra coisa que eu precisasse. Eu não gostava de Santa Maria antes – preferia minha cidade menor, em que todos os lugares importantes se concentravam em uma área só. Mas fui tão bem recebida quando cheguei, que agora a cidade universitária passou a ser minha segunda casa.
Valéria Luzardo (Uruguaiana)
Eu morei em Santa Maria pela primeira vez em 2008, eu fiz o ensino médio aqui indo e voltando da minha cidade de ônibus e no terceiro ano mudei, porque estava fazendo cursinho também. Vim morar sozinha e como era menor de idade passei por algumas dificuldades, na época demorei pra me localizar, peguei vários ônibus errados, me perdi nas ruas, precisava pedir informações toda a hora. Esse ano, quando voltei a morar aqui, percebi que está muito mais fácil com a ajuda de aplicativos e acredito que a internet facilitou muito tudo isso também. Agora é muito mais fácil me achar, nunca mais peguei ônibus errado e posso ver as informações de localizações no meu próprio celular a qualquer hora.
Geórgea Morais (São Sepé)